SOLITARIANDANTE

Nasci com uma marca indelével
Não dessas de pele que nos perseguem na multidão
Mas com um ferrolho cravado no coração.
Assim, um anjo torto, zombou meu natal.
 
Fechado em mim, ostra sem pérola no mundo
Não pude ser amado, trampolim da solidão
Vaguei pelos tablados indo de não em não
Sem sorrisos ao palhaço ou magias transformadoras.

Nos verões fugia do calor da animosidade alheia
Em tórridos invernos, nem o frio visitava meu chão
E por aí solitariandante, não pude afagar pés ou mãos
Sem saber se o erro era a tal marca ou meus descaminhos.

sEvErIAnO

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A r q u I v O s